
Nasci numa família cristã e desde criança freqüentava a igreja.
Mas na adolescência, envolvi-me com amizades nada proveitosas, passei a não ouvir meus pais e distanciei-me de Deus.
Eu até participava das reuniões, só que no fundo não tinha compromisso algum com Jesus nem com seus ensinamentos.
Foi no colégio que comecei a me destacar no futebol.
Um professor de educação física, em Recife, foi o primeiro a convidar-me a jogar futsal. Comecei a treinar na Associação Atlética BANDEPE, e deslocava-me com muito sacrifício até o local.
Mal tinha dinheiro para a condução e material esportivo. Minha família colaborava com o que podia, e até meu professor do colégio ajudou a patrocinar meu início, doando tênis e até dinheiro para o transporte.
Desenvolvi-me rapidamente de infantil a juvenil e em 1989 já estava sendo contratado por uma equipe do Paraná. Estava com 17 anos e tendo que tomar uma difícil decisão de ir para longe de meus pais.
Mas neste momento contei com todo o apoio deles e de Deus que me abençoou muito, inclusive afastando-me daquele círculo de amizades que acabara formando em Recife e que me mantinha distante dEle.
Já em Curitiba, a solidão me levou a ser mais assíduo à igreja.
Descobri que Jesus era o único amigo que eu consegui levar para aquela terra tão gelada e fria. Neste ano, fui campeão na categoria juvenil.
Em 90, fui contratado pela Votorantim-PE, uma equipe de expressão nacional, para atuar como titular e ainda fui convocado pela primeira vez para a Seleção Brasileira de Futsal.
Eu estava muito orgulhoso de mim, achava simplesmente que era tudo fruto de meu esforço e trabalho.
Não consegui ver Deus agindo em minha vida e voltei a distanciar-me dEle.
Eu queria que ele fosse meu abençoador, como de fato era, mas não queria segui-lo.
Minha carreira esportiva ía de vento em popa, e em 1992 conheci a glória de ser campeão mundial em Hong Kong.
Neste mesmo ano, voltei ao Paraná contratato pela INPACEL, agora, já casado.
Após enfrentar várias crises existenciais e familiares, acabei me rendendo ao chamado de Jesus.
Comecei a deixar os meus conceitos e a deixar minha vida ser transformada pelo poder de Deus.
Desde então, passei a dedicar a Deus todos meus títulos, reconhecendo que cada vitória, cada medalha era resultado primeiro da bondade dEle para comigo.
Em 1996 aceitei um convite para jogar futebol de campo, no Grêmio de Porto Alegre.
A adaptação da quadra para a grama, do tênis para a chuteira, não era nada fácil: oito partidas e 1 só gol! Foi um período muito difícil em minha vida.
Ao mesmo tempo, aproximei-me mais de Deus e percebi que ele queria ensinar-me sobre humildade.
Meses depois, eu voltava às quadras, cada vez mais tendo certeza de quem estava no comando de minha carreira esportiva.
Depois disto foram muitas conquistas.
Quando conseguimos o título de Penta-Campeões Mundiais de Futsal, e eu pessoalmente, mais dois prêmios - melhor jogador do mundo e artilheiro do Mundial - fiz uma reflexão de tudo o que Deus tinha feito em minha vida até então.
Lembrei-me do seu cuidado, de todas as experiências, dos processos pelos quais passei e de como foi fundamental ter dito "sim" para Ele um dia.
Hoje, o principal acontecimento em minha vida não é ser o melhor jogador do mundo, mas sim ter Jesus como o Senhor e Salvador da minha vida.Com certeza este foi e sempre será meu melhor título, o meu mais belo gol.
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